Recentemente, um membro da minha família me pediu para criar um portfólio para ela, no qual ela pudesse investir de forma mais passiva possível. Ela não tinha tempo para estudar sobre o mercado financeiro e trabalhava muitas horas por dia, mas ainda gostaria de colocar seu dinheiro para trabalhar, assim fiz uma estratégia de investimentos simples para que ela pudesse investir de forma passiva. No artigo de hoje vou compartilhar com vocês, como esse portfólio foi estruturado.
Como montar uma carteira de investimentos para iniciantes?
Ela abriu uma conta em uma corretora e começou a investir.
O plano foi o seguinte, primeiramente calculamos quando ela gastava mensalmente, o resultado foi 5 mil reais mensais. Assim, multiplicamos esse valor por 12 para saber quando ela gastava no ano. O resultado foi R$ 60.000.
Com esse valor, indiquei que ela teria que ter R$ 60.000 em uma reserva de emergência no tesouro Selic. Essa reserva seria para ficar invertida e cobrir qualquer momento difícil.
Para o próximo passo, ela me informou que poderia poupar R$ 2.000 ao mês. Então, decidimos que ela iria investir metade desse dinheiro no tesouro Selic e a outra metade em um fundo imobiliário, o IFIE11.
Esse fundo imobiliário segue os 30 maiores FIIs de tijolo do mercado. Dessa forma, ela teria exposição ao mercado imobiliário e ainda iria receber dividendos todo mês. Esse fundo, além de ser bem diversificado contendo FIIs de diversos setores, ainda possui uma gestão passiva de 0,30%, valor bem mais baixo do que os outros fundos de fundos.
O próximo passo seria se expor ao mercado acionário, logo decidimos que quando ela chegasse na meta de R$ 60.000 investidos no tesouro Selic, ela iria direcionar a metade de seus aportes para o PIBB11, o ETF que segue as 50 maiores empresas brasileiras.
O PIBB11 tem uma taxa de administração bem mais baixa do que o BOVA11, maior ETF que segue o índice Ibovespa e historicamente teve um resultado melhor do que o BOVA11. Veja o gráfico dos últimos 11 anos.
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Com essa alocação o patrimônio ficaria em três investimentos:
- Tesouro Selic
- IFIE11 (Fundo de fundos que investi nos 30 maiores FIIs de tijolo)
- PIBB11 (Fundo de índice que segue as 50 maiores empresas brasileiras)
Essa foi a carteira que nós concordamos em fazer para uma abordagem mais passiva, no qual a pessoa apenas faz aportes nos investimentos para o longo prazo, e o balanceamento fica por conta dos administradores dos fundos.
Quando o valor em IFIE11 e PIBB11 estiver satisfatório podemos direcionar os aportes para BIVB39, a BDR que segue o índice das 500 empresas americanas. Assim, a carteira terá uma exposição tanto ao mercado brasileiro quanto ao mercado internacional, com diversificação e de forma passiva, investindo direta e indiretamente em fundos de índice.
O que você achou dessa estratégia? Lembrando que não faço indicação de investimentos, mas busco compartilhar minhas experiências com você.