Será que existem ETFs de Fundos Imobiliários? No artigo de hoje vamos falar sobre os “ETFs” do Banco Inter e como a instituição mudou o mercado de FIIs.
ETF do Banco Inter: existe um fundo de índice para FIIs?
Índices de FIIs
O Banco Inter lançou no final de 2019 dois índices para o mercado de Fundos Imobiliários, o IFI-E e o IFI-D.
O IFI-E segue os 30 maiores fundos voltados para a geração de renda e que investem diretamente em imóveis. Ele abrange apenas os fundos de tijolo dentro do IFIX (principal índice do setor de FIIs).
Ao passo que o IFI-D segue os fundos que investem em renda fixa atrelada ao setor imobiliário, como CRIs e LCIs, também chamados de fundos de papel. O IFI-D também abrange os 30 maiores fundos de papel dentro do IFIX.
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Os índices do Banco Inter são balanceados a cada quatro meses, seguindo a atualização do próprio IFIX.
Os índices foram criados levando em conta os ativos mais líquidos do setor, além da diferença entre as estruturas dos fundos de tijolo e os fundos de papel. Para a equipe do Inter, os FIIs de tijolo têm uma relação maior com o mercado acionário, pois tendem a subir quando há queda de juros, além de serem mais voláteis.
Já os fundos de papel são na realidade fundos de renda fixa, que costumam ter uma volatilidade menor, e também um rendimento menor.
O IFI-E e o IFI-D são índices de retorno total, isso quer dizer que eles levam em conta tanto a valorização da cota, quanto os dividendos distribuídos.
Fundos do Banco Inter
Após o lançamento dos índices, o Banco Inter lançou um investimento similar a um ETF (Exchange Traded Funds) de FIIs. Na verdade, esses fundos são FOFs (fundos que investem em outros fundos), de gestão passiva que seguem esses índices de referência. FOFs podem distribuir rendimentos isentos de imposto de renda (IR) para seus investidores pessoa física, ao passo que ETFs brasileiros não podem fazer isso.
O Banco Inter revolucionou nesses investimentos, pois até então existiam apenas FOFs de gestão ativa, que costumam ter taxas de administração mais caras. Tomando a mesma estrutura de um ETF, que se preocupa apenas em seguir o índice de referência, os FOFs do Inter podem oferecer uma taxa mais baixa.
A grande vantagem desses FOFs, além da baixa taxa de administração, é a diversificação que eles criam para o investidor, que com apenas uma compra na bolsa, pode acessar os rendimentos dos 30 maiores FIIs do Brasil.
O IFI-E Inter Fundo de Investimento Imobiliário (IFIE11) está sendo negociado desde Agosto de 2020, e o IFI-D Inter Fundo de Investimento Imobiliário (IFID11) teve seu IPO em outubro. Ambos têm o valor inicial da cota de 100 reais e são voltados para os investidores em geral.