O mercado de urânio ainda é pouco explorado pelos investidores, mas já existem alguns ETFs criados para espelhar esse mercado.
O urânio é utilizado na produção de energia e é um dos principais elementos para a criação de energia que não dependa do clima ou fontes não sustentáveis. Apesar da extração de urânio ter que ser feita de forma consciente para proteger o ambiente da radiação, usinas nucleares são livres de emissão de gás carbônico, isso faz com que essa seja uma energia limpa. E embora ainda haja muito estigma, a energia nuclear é uma das formas mais seguras de produção de energia, mas tem como grande ponto negativo os resíduos produzidos nesse tipo de energia. Com a tecnologia atual, podem ser criadas usinas nucleares com alta eficiência e produção contínua de energia.
Os ETFs que seguem o urânio
Nas bolsas americanas, existem apenas dois ETFs que cobrem o mercado de urânio. O maior deles é o Global X Uranium (URA) e o NorthShore Global Uranium Mining (URNM).
O ETF da Mirae Asset, URA, investe em mineração de urânio e produção de energia nuclear. O ETF tem uma taxa de administração de 0,69% e atualmente possui 51 empresas dentro dele. Essas empresas são voltadas para a extração, refinação, exploração de urânio e a criação de equipamento para usinas nucleares.
Se olharmos para as empresas que compõem o índice, podemos ver a Cameco, maior empresa de capital aberto de urânio do mundo, localizada no Canadá. Outra grande holding é a Kazatomprom, empresa cazaquistã de urânio e combustível nuclear. O Cazaquistão é o maior produtor de metais radioativos do mundo. Pela dominância dessas empresas, as divisões mais relevantes do ETF são Canadá, Austrália e Cazaquistão.
O URNM também vai investir nas maiores empresas do setor, como a Cameco e a Kazatomprom. Ele possui apenas 34 empresas no seu portfólio, o que faz com que seja um fundo mais concentrado do que o URA. E tem uma taxa de administração de 0,85% ao ano. O URNM é administrado pela SEI Investments uma gestora americana.
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Riscos do mercado de urânio
Um dos maiores riscos de investir no mercado de urânio é a volatilidade, pois se trata de uma commodity e depende dos ciclos do mercado para aquele tipo de material.
Também existe o estigma sobre energia nuclear ser perigosa, devido aos acidentes em plantas nucleares que aconteceram no passado, como em Chernobyl e o terremoto na usina de Fukushima no Japão. Mas com a tecnologia atual, existe cada vez mais segurança nas produções desse tipo de energia.
Além disso, empresas de utilidades são muito procuradas em tempos de crise, já que as pessoas sempre são precisas de energia, por exemplo. Mas em épocas de vacas gordas, o preço dessas empresas podem cair pois não haveria a necessidade de explorar tanto urânio para ter mais eletricidade.
Logo, podemos concluir que o mercado de urânio é bem volátil, e os ETFs têm uma exposição maior ao mercado global fora dos Estados Unidos.