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O XINA11 foi o primeiro ETF brasileiro focado no mercado chinês. Esse interesse veio pois esse mercado está crescendo muito nos últimos anos, com a China tendo seu PIB (Produto Interno Bruto) crescendo de forma exponencial. Lembrando que o PIB mede os bens e os produtos produzidos no país, assim podemos dizer que esse é um indicador de produtividade.

Conhecendo o índice

O XINA11 é gerido pela XP Asset e tem uma taxa de administração de 0,30% ao ano, que é um valor semelhante aos outros ETFs brasileiros.

O ETF segue o índice MSCI China, que tem em sua composição as 700 maiores empresas negociadas nas bolsas de valores chinesas. Esse número de empresas representa mais da metade do mercado, e uma grande porção dessas empresas são de consumo discricionário, ou seja, bens não indispensáveis, como eletroeletrônicos, roupas, brinquedos, etc. Assim como a maioria dos ETFs brasileiros que seguem empresas internacionais, o XINA11 investe em cotas de outro ETF, o MCHI.

O índice MSCI China tem em sua composição a Tencent, a gigante de tecnologia que possui serviços como o WeChat (Similar ao Whatsapp), o Didi (Similar ao Uber) entre outros aplicativos de serviços de informação e entretenimento. Além da gigante Alibaba, empresa de e-commerce similar a Amazon. Dentro dos sites principais da Alibaba, há milhares de outros negócios, fazendo com que a empresa seja a mais popular no comércio online.

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Conhecendo o ETF

Existem algumas características que devemos considerar ao pensar em XINA11. 

A primeira e mais importante é que, devido à estrutura do mercado financeiro, investidores que não sejam estrangeiros, não podem ter propriedade direta de ações chinesas. O XINA11 segue a VIE (Entidade de Interesse Variável) nas Ilhas Cayman. Essa estrutura permite que a VIE possua direito a parte dos lucros das empresas chinesas. Dessa forma, as VIEs não nos tornam sócios da empresa, mas nos dão participação no lucro. Assim, nosso investimento na China acontece de forma super indireta. 

Além disso, o governo chinês pode a qualquer momento regulamentar contra as VIEs e podemos sofrer perdas no nosso capital. 

Outro ponto é que pode investir em cotas de um ETF, o MCHI, quando investimos em XINA11 estamos pagando duas vezes taxa de administração, 0,30% do ETF brasileiro e 0,57% do ETF americano. Logo, o calculo final é bem mais caro. 

Devido aos riscos encontrados em investir em XINA11, eu particularmente prefiro evitar minha exposição a esse tipo de ativo. Tendo uma diversificação entre o mercado brasileiro e o mercado americano, já é o suficiente para ter bons retornos e uma diversificação entre diferentes setores e geografias.

By Anna Kesya Lima

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