ETFs de ouro são fundos de commodities. O principal objetivos desses ETFs são expor o investidor ao movimento do preço do ouro.
ETFs de ouro: como funcionam e quais são suas vantagens?
Esses ETFs são usados por alguns investidor como uma proteção no portfólio, pois quando as bolsas têm uma queda, commodities como ouro, prata, etc tendem a subir. Eles têm uma correlação inversa.
Como os ETFs de ouro funcionam?
O ETF de ouro mais simples, por exemplo, compram barras de ouro e nada mais. Se você comprou uma cota desse ETF, você assumiu a propriedade de parte dessas barras – e o valor de sua cota, portanto, acompanhará de perto o preço de mercado do ouro. Alguns ETFs de ouro do mercado compram esse ativo, e guardam suas barras em cofres em Londres ou Nova York. Essas barras são guardadas por uma instituição financeira, e o valor do ETF vai subindo ou descendo dependendo do preço de negociação relativo aquelas barras de ouro.
Outros ETFs mantém contratos de derivativos lastreados em ouro, e também existem ETFs que compram ações de mineradoras. Dessas forma, existe uma diferença dentro dessa categoria, e é necessário pesquisar em que o ETF realmente investe antes de comprá-lo.
Como ele é um ETF, quando vendemos esse ativo, recebemos o dinheiro equivalente a cota, não o ouro em si.
Para que serve?
ETFs de ouro, tem quase a mesma função dos ETFs de renda fixa, ser uma proteção em momentos de variação da bolsa de valores, ou até da moeda. Nos Estados Unidos, quando o preço do dólar cai, o preço do ouro tende a subir.
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ETFs são mais baratos de se adquirir e fáceis de negociar. Por causa da praticidade, investir em ouro por meio de ETFs acabou se tornando a forma mais popular de investir nesse metal precioso.
Porém, é importante lembrar também que existe a subtração do patrimônio do ETF devido a cobrança da taxa de administração, que gira em torno de 0,4% à 0,2% ao ano.
Principais ETFs de ouro
Os ETFs de ouro mais conhecidos do mercado são GLD (SPDR Gold Trust) e o IAU (iShares Gold Trust).
O GLD rastreia o preço à vista do ouro, menos despesas, usando barras de ouro mantidas em cofres de Londres. Ele é administrado pela State Street Global Advisors, com taxa de 0,40%.
Já o IAU rastreia o preço à vista do ouro, menos despesas, usando barras de ouro mantidas em cofres ao redor do mundo. Seu administrador é a Black Rock, e sua taxa é de 0,25%.
Esse dois ETFs são os que têm mais patrimônio no setor.
ETFs de ouro inverso
Também existem ETFs que apostam contra o mercado de ouro. Normalmente, esses fundos são usados para o curto prazo, quando investidores acham que haverá uma grande queda no preço do ouro. Importante mencionar que essa é uma abordagem especulativa e podem acarretar na perda de dinheiro, caso a previsão do investidor esteja errada. Um ETF ouro inverso pretende se mover na direção oposta ao preço de mercado do ouro. Assim, se alguém investir $ 10.000 em cotas desses ETFs e o preço do ouro cair 10%, suas cotas tendem a se valorizar 10% para $ 11.000. Esse valor também vai ser diminuído pela taxa de administração do ETF.
Considerações sobre investimento em ouro
O ouro não tem rendimentos e não paga dividendos. Assim, esse metal não vai produzir valor, como uma empresa faz. É preciso ter em mente que o único ganho com ouro é sua valorização. Investir em ETFs de mineradoras de ouro já seria investir em ETFs de setor, o que tem outra finalidade. Mas é preciso ter em mente que mineradoras são empresas, e elas geram lucro com suas operações, além disso, seu preço também é afetado pela valorização do ouro, então seria um ganho duplo. Mas isso é verdade para todo o tipo de empresas que operam commodities como metais precioso, petróleo, etc.