Uma das dúvidas mais frequentes de quem entra no mercado de renda variável é sobre o mercado de opções. Afinal, o que são opções e como elas funcionam?
O que são opções?
Opções são direitos de comprar ou vender um ativo a um preço determinado em uma data determinada. Esse mercado também é conhecido como derivativos.
O mecanismo das opções funciona como um seguro, você paga uma determinada quantia pelo direito de ter seu carro consertado (ou um carro novo). Porém, nem sempre esse seguro é utilizado, assim como nas opções.
Desse modo, uma pessoa compra a opção de comprar ou vender ações ou valores de moedas de outra pessoa. Por ser apenas um direito, as opções custam apenas centavos.
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Esse direito tem um prazo de validade e a pessoa que compra as opções pode exercer ou não esse direito. Os compradores das opção são chamados de titulares. E quem vende a opção é chamado de lançador.
Tipos de opções
Dentre as opções existe o direito de compra (também chamado de Call) e o direito de venda (chamado de Put).
Assim, se chegar o dia do vencimento e o titular comprou uma call que permite que ele adquira uma ação por 10 reais, o lançador dessa opção será obrigado a aceitar essa transação; mesmo que a ação esteja sendo negociada a 15 reais.
No caso de uma put, o titular tem o direito de vender uma ação pelo preço acertado com o lançador.
Lembrando que o titular não é obrigado a exercer esse direito, podendo deixar a opção vencer. Entretanto, o lançador é obrigado a acatar qualquer decisão do titular.
Prazo de exercício
A B3 regula o horário de exercício das opções. Segundo a instituição, a terceira segunda-feira do mês é o prazo limite.
Porém, quem compra as opções pode escolher exercer seu direito antes dessa data, na data limite ou também pode escolher não exercer.
Com relação aos prazos, as opções podem ser de dois tipos:
Europeias: quando a exercício só pode ser feito na data limite (terceira segunda feira do mês); e
Americanas: quando o exercício pode ser feito a qualquer momento, até a data limite.
Considerações sobre as opções
O problema do mercado de opções é o grande risco que essas operações podem trazer. Por operarem com prazo de validade e dependerem da previsão que fazemos do mercado, as opções são consideradas aplicações de alto risco, e portanto, indicadas para investidores mais experientes.
Porém, até mesmo os mais bem sucedidos investidores têm receio desse tipo de operação. O megainvestidor Warren Buffett enxerga as opções “como bombas-relógio” e afirma que os “derivativos são armas financeiras de destruição em massa”.
Na sua carta anual para os investidores da Berkshire Hathaway, Buffett descreveu alguns dos indícios do que seria a crise de 2008, mostrando que os contratos de derivativos (opções) estavam sendo feitos de forma imprudente. Buffett escreveu: “grandes quantidades de risco, particularmente o risco de crédito, concentraram-se nas mãos de relativamente poucos negociantes de derivativos, que além disso negociam amplamente entre si.”
Conclusão
As opções são operações de alto risco. Esse mercado é conhecido como “derivativos”.
Nas opções podemos comprar calls ou puts dependendo do nosso desejo de comprar ou vender um ativo a certo preço.
Warren Buffett acredita que as opções são uma “bomba relógio”. Pelo grau de risco e complexidade, esse investimento é indicado apenas para investidores experientes.
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