A taxa Selic, taxa mãe da economia brasileira, chegou a um dos patamares mais baixos dos últimos anos. Essa queda afeta principalmente os investimentos de renda fixa, onde muitas pessoas mantêm suas reversas de emergência. No artigo de hoje, vamos falar sobre o que fazer com o dinheiro da reserva de emergência em tempos de queda da Selic.
Reserva de emergência
A reserva de emergência é um dinheiro destinado a cobrir despesas emergenciais, como acidentes ou perda de emprego. Para ter uma reserva completa que possa cobrir os gastos em tempos de crise, é aconselhado acumular de 6 à 12 meses da sua despesa mensal. Assim, para uma família que gasta 2.000 reais por mês, uma boa reserva teria que ter 24.000 reais (2.000 x 12).
O dinheiro da reserva de emergência deve ter liquidez, ou seja, deve se transformar em dinheiro de forma rápida. Isso por que seu único e principal objetivo é cobrir despesas inesperadas ou tempos de crise financeira. Dessa maneira, muitas pessoas se utilizam de investimentos de renda fixa com liquidez diária para colocar sua reserva de emergência. Esses investimentos podem ser Tesouro Selic, CDBs de liquidez diária e até a NuConta (conta de pagamentos do Nubank).
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Investimentos no Brasil
Durante muito tempo, o Brasil foi o país da renda fixa, por causa da alta taxa de juros (taxa Selic) os brasileiros podia usufruir de investimentos com pouco risco e muita rentabilidade. Se por um lado essa alta taxa era boa para os investidores, ela também afetava diretamente nosso poder de compra, pois com os juros mais altos, os preços dos bens de consumo consumam aumentar também.
Em 2019, a taxa Selic chegou ao patamar de 5.5%. Com o gráfico retirado do site do Banco Central mostra, essa taxa é a mais baixa dos últimos 10 anos.
Onde colocar a reserva de emergências com a queda da selic?
Nesse cenário, muitos investidores se perguntam se devem manter sua reserva de emergência no Tesouro Selic ou em outro investimento equivalente.
A resposta para essa inquietação é: sim, você deve manter sua reserva de emergência no Tesouro Selic ou em um CDB com 100% do CDI ou na NuConta.
Lembre-se que o objetivo da reserva de emergência é suprir emergências. O seu objetivo não é obter alta rentabilidade. Para obter alta rentabilidade outro dinheiro deve ser destinado.
Depois de acabar sua reversa, você pode destinar seus recursos com o objetivo de se aposentar. Para esse “dinheiro previdenciário”, outros investimentos podem ser usados, como ações, e fundos imobiliários.
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Esses investimentos não são aconselháveis para uma reserva de emergência porque são voláteis, ou seja, ao longo do tempo o dinheiro vai subir e descer de forma imprevisível. Logo, se você precisar retirar o dinheiro em momentos de baixa, vai acabar perdendo dinheiro.
Efeito Manada
É importante também se desacorrentar do efeito manada.
A crise do subprime nos Estados Unidos é um exemplo recente de efeito manada. Quando pessoas começaram a pedir crédito para comprar imóveis apenas porque o “crédito estava barato”, sem saber como iriam pagar pelos empréstimos, o sistema financeiro norte americano começou a ruir. Esse efeito manada acabou criando uma bolha no setor imobiliário e uma enorme crise econômica em 2008/2009.
Então, se todo mundo está investindo na bolsa de valores apenas porque a taxa Selic caiu, analise sua situação financeira antes de tentar seguir os passos de outros.
Se você já tem uma reserva de emergência completa, mantenha ela em investimentos como muita liquidez e pouca volatilidade, como o Tesouro Selic, CDBs de liquidez diária e a NuConta. As outras reservas financeiras que você não vai precisar no curto prazo podem ser aplicadas em investimentos mais rentáveis.
Conclusão
A reserva de emergência tem o único objetivo de suprir necessidades inesperadas, e deve estar a mão a qualquer momento. A busca por rentabilidade deve ser feita com um dinheiro que você não vai precisar no curto prazo.
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