Com as constantes quedas na taxa Selic será que nosso dinheiro ainda está a salvo da inflação quando investimos no Tesouro Selic? No artigo de hoje vamos ver se o Tesouro Selic pode render menos do que a inflação.
A inflação
A inflação é o aumento dos preços dos produtos e serviços. Ela afeta nosso poder de compra pois diminui o valor da moeda; ou seja, por causa da inflação podemos comprar menos coisas com a mesma quantidade de dinheiro que poderiamos no passado.
Um dos principais índices de preço que medem a inflação é o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Esse índice é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e mede mensalmente a variação do custo de vida de famílias que recebem de 1 a 40 salários mínimos.
Os pesquisadores do IBGE fazem visitas às principais áreas metropolitanas do Brasil em diversos comércios para coletar os preços dos bens e serviços. O IPCA é calculado a partir desses dados.
Em 1999, o governo criou um sistema de metas para controlar a inflação. Para manter a inflação controlada, o governo se utiliza da taxa Selic, que controla a política monetária. Assim, quando o governo acha que a inflação vai subir, ele aumenta a taxa Selic.
O Tesouro Selic pode render menos que a inflação?
Porém, podem ocorrer aumentos inesperados na inflação devido a um setor específico. Segundo o site da exame, no final de 2019 houve um aumento imprevisto na inflação devido ao choque no preço das carnes. Isso fez com que investimentos de renda fixa como o Tesouro Selic e CDBs de 100% do CDI rendessem menos do que a inflação em novembro e dezembro.
A mesma matéria fala que esse foi um evento isolado que ocorreu por conta do preço da carne. O site fala que o normal é que os rendimentos reais desses investimentos serem positivos. Além disso, desde de 1996, quando a taxa Selic foi criada, os juros reais no ano foram positivos; ou seja, o IPCA menos a taxa Selic resultou em um valor positivo.
Segundo a matéria, quando observamos esses juros reais mensalmente, apenas 24 meses dos 286 meses contabilizados desde 1996 até 2019 foram negativos.
Logo, no que observamos até aqui, com relação ao rendimento anual, o Tesouro Selic e os CDBs de 100% do CDI renderam acima da inflação.
Além disso, segundo cálculos do site, em 2019 “o ganho bruto do Tesouro Selic e do CDI, em um ano, seria de 1,8% acima da inflação (considerando alta acumulada de 5,8% do CDI e de 3,9% do IPCA)”. Com a taxa Selic a 4,25%, existe uma margem de segurança pequena para a inflação subir, o que resulta em meses com os juros reais negativos.
Porém, como vimos, o Tesouro Selic tende a render mais que inflação.
Garantindo uma boa rentabilidade
Nossa missão como investidores é fazer com que nosso dinheiro renda mais do que a inflação ano após ano. Assim, podemos manter – ou aumentar – nosso padrão de consumo. O Tesouro Selic e dos CDBs são ótimas opções de investimento, mas uma maneira de assegurar nosso poder de compra é através da diversificação.
Para além desses títulos de renda fixa, podemos tirar vantagem de outras aplicações como Ações, Fundos Imobiliários e até outros tipos de Tesouro Nacional, como o Tesouro IPCA+.
Quer saber mais sobre Fundos Imobiliários? Temos um e-book completo sobre o assunto.
Desse modo, nossa carteira como um todo vai nos garantir um maior poder de compra.
Conclusão
O Tesouro Selic tende a render mais do que a inflação anualmente. Porém, devido a eventos pontuais, o rendimento real mensal desse investimento pode perder da inflação. Uma boa saída para se proteger dessas perdas é ter uma carteira de investimentos diversificada.
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