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ETFs de renda fixa brasileiros: quais são e como analisar

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O mercado de ETFs brasileiros possui várias subdivisões, podemos investir em ETFs de dividendos, do setor imobiliário, de empresas sustentáveis, de renda fixa e etc. No artigo de hoje, vamos falar sobre os principais ETFs de renda fixa aqui do Brasil e como analisar esses investimentos.

ETFs de renda fixa brasileiros: quais são e como analisar

Os ETFs são fundos negociados na bolsa de valores. Logo, podemos comprar e vender esses ativos de forma rápida e quando vendemos nossas cotas (partes dos ETFs), podemos receber o dinheiro em nossa conta no próximo dia.

ETFs possuem uma taxação quando vendemos as cotas com lucro, logo quando isso ocorre temos de pagar 15% de imposto sobre nosso lucro. Essa é uma vantagem para quem quer investir para o curto prazo, pois títulos de renda fixa podem pagar até 22,5% de imposto nos primeiros 6 meses e cobram IOF nos primeiros 30 dias.

No Brasil, esses fundos não pagam dividendos e todo o ganho de capital que eles têm é reinvestido em mais títulos de renda fixa. 

ETFs da bolsa brasileira

O primeiro ETF de renda fixa lançado na B3 foi o FIXA11. Em 2018, a gestora Mirae Assets lançou esse fundo para refletir o mercado futuro de DI, uma estratégia um pouco mais complexa do que investir diretamente em títulos do governo. O DI cresce quase que igualmente com a selic. 

A sua taxa de administração do  FIXA11 é de 0,30% ao ano. Isso quer dizer que a cada ano, 0,30% do patrimônio do fundo é retirado para pagar a sua administração, assim, para cada R$ 1000 reais investidos em FIXA11, por exemplo, pagamos R$ 3 de taxa anualmente. 

No gráfico abaixo podemos ver a comparação entre o FIXA11 e a taxa de Selic / CDI. 

Fundos que seguem a inflação

Grande parte dos ETFs de renda fixa seguem o índice IMA-B, esse índice espelha a rentabilidade do Tesouro IPCA, logo, podemos dizer que é um índice de inflação. Para entender melhor esse índice, podemos dizer que o IMA-B é uma carteira com todos os diferentes tipos de tesouro IPCA, com prazos de validade diferentes. 

Existem dois ETFs que seguem o IMA-B, o IMAB11 do Itaú com taxa de 0,25% ao ano e o IMBB11 do Bradesco com taxa de 0,20% ao ano. 

Quer saber como economizar mais e pagar suas dívidas de forma rápida? Temos um guia completo sobre o assunto.

Títulos mais longos

Mas existem subdivisões do índice IMA-B, por exemplo, o IMA-B 5, foca apenas em títulos do governo com um prazo de mais de 5 anos. Logo, esse índice foca em títulos IPCA de médio e longo prazo. 

Ambos, Itaú e Bradesco também oferecem ETFs que seguem esse índice, o Itaú tem o IB5M11, com taxa de 0,25% a.a. e o Bradesco tem o B5BM11 com taxa de 0,20% a.a.

Títulos de curto prazo

Existem também a possibilidade de investir em ETFs que espelham os títulos IPCA de menos de 5 anos, nesse caso, existe apenas o B5P211 do Itaú, que cobra 0,20% de administração. Por serem títulos de curta duração, eles oferecem um risco menor do que os outros. 

Na renda fixa, quanto mais tempo o dinheiro fica investido, mais risco existem devido a marcação a mercado. Resumidamente, podemos dizer que os títulos IPCA de longo prazo são mais voláteis, ou seja, sua rentabilidade sobe e desce de forma muito abrupta.  

Fundos pré-fixados

Existem apenas um fundo que seguem títulos pré-fixados, que são aqueles que já sabemos exatamente quanto vamos ganhar no vencimento do título. O IRFM11 do Itaú cobra 0,20% ao ano. No caso, o ETF investe em títulos com vencimento maior ou igual a 2 anos.

Como analisar qual ETF de renda fixa comprar? 

Quanto se trata de investimentos, quanto mais longo o prazo mais rentável ele tende a ser. Além disso, investimentos atrelados à inflação tendem a navegar melhor no longo prazo, pois eles visam recuperar a desvalorização do dinheiro do decorrer dos anos.

Uma coisa que podemos ter certeza na economia é que o dinheiro vai se desvalorizar. Esse é um princípio econômico, pois ninguém iria fabricar nada se achasse que iria vender por um menor preço no futuro. A inflação controlada ajuda as economias a crescerem, e nós como investidores expertos devemos proteger nosso poder de compra da inflação e aumentar nosso patrimônio no decorrer dos anos. É dessa forma que ficamos ricos.

Se pensarmos que daqui a 10 anos, 4 bananas que costumávamos comprar a R$ 4,19, estão sendo vendidas a R$ 10,67. Nós conseguimos entender a importância de investir pensando na inflação. 

Assim, acho que os ETFs atrelados à inflação podem ser os mais rentáveis para o longo prazo. Mais ainda, os ETFs que investem em títulos mais longos, como os de mais de 5 anos, tendem a entregar taxas melhores. Dessa forma, podemos obter mais lucratividade. Os administradores também podem comprar e vender esses títulos em busca de ganhos de capital, aproveitando o sobe e desce dos preços. 

Claro que ETFs tendem a ser mais voláteis do que os títulos públicos, pois podemos ver seus preços de bolsa em tempo real. Para quem não se dar bem com volatilidade, talvez investir em títulos diretamente seja uma boa opção. 

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