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Por que as empresas emitem novas ações?

Tela de celular mostrando o gráfico de uma ação

No mercado de capitais é comum ouvir que uma empresa vai fazer uma emissão follow-on; ou seja, vai colocar mais ações no mercado. No artigo de hoje vamos descobrir porque as empresas emitem novas ações.

Emissão de ações

Como na emissão inicial, também chamada de IPO (oferta pública inicial), as empresas emitem ações para captar dinheiro para financiar seu crescimento. Um exemplo recente foi a empresa financeira XP investimentos que teve seu IPO na bolsa de valores america captando 2,25 bilhões de dólares. O IPO é a passagem de uma empresa de capital fechado para uma empresa de capital aberto, que qualquer pessoa pode comprar suas ações e virar sócio. Por isso, o IPO só acontece uma vez.

Emissões subsequentes, ou follow-on, acontecem quando a empresa já está listada na bolsa de valores mas quer captar ainda mais dinheiro para seu crescimento. Esse tipo de emissão pode acontecer várias vezes dependendo do desejo da empresa de se expandir.

Vantagens das emissões

Emissões follow-on também trazem outros benefícios para uma ação, como o aumento da liquidez do papel. Quando mais ações disponíveis para compra e venda, com mais facilidade podemos entrar e sair de uma posição. Investidores, logicamente, buscam investimentos mais líquidos pois dessa maneira seu capital não fica engessado no investimento. 

Esse tipo de emissão também ajuda a empresa crescer sem adquirir dívidas e ficar muito alavancada, ou seja, endividada. Mesmo que seja saudável para uma empresa ter dívidas, pois assim ela paga menos impostos, uma empresa muito alavancada pode ser um investimento de maior risco.

Tipos de emissões: pública ou privada

As emissões follow-on não precisam necessariamente acontecer na bolsa de valores, assim elas podem acontecer de forma pública ou privada. 

Oferta pública: todas as pessoas têm acesso a essas novas ações e todo o processo é feito pela bolsa de valores, com a regulamentação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Oferta privada: oferta restrita à grandes players do mercado, principalmente investidores profissionais. Essa oferta também é conhecida como oferta restrita e tem menos regulamentação dos órgãos responsáveis.

Quer saber como analisar ações? Temos um guia completo sobre o assunto.

Direito de Subscrição

Um evento interessante no mercado de bolsa de valores é o direito de subscrição. Quando ocorre uma emissão follow-on, os investidores que já possuem ações da empresa recebem um direito de subscrição; ou seja, as “novas” ações são ofertadas primariamente para estes investidores.

As empresas estabelecem uma data para que os sócios exerçam seu direito de subscrição. Essa data é divulgada através de comunicados divulgados pela empresa no site da B3.

Os investidores que não quiserem adquirir essas novas ações podem vender seus direitos de subscrição na própria Bolsa de Valores. 

Para adquirir o direito de preferência temos que entrar em contato com a corretora ou, em alguns casos, o direito aparece no home broker mesmo.

As ações que sobrarem são negociadas na Bolsa de Valores, onde todos podem adquirí-las, inclusive quem teve o direito de subscrição primeiramente. 

Esse mesmo processo acontece com novas emissões de fundos imobiliários.

Conclusão 

Empresas emitem novas ações para arrecadar mais dinheiro do mercado e crescer suas operações. Esse movimento também traz liquidez e cria menos alavancagem para o negócio. As novas ofertas podem ser tanto públicas quanto privadas, dependendo do objetivo da empresa. Investidores que já possuem ações de empresas que fazem follow-on podem adquirir primeiro esses novos papéis.

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Obrigada. 

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