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Fundos Imobiliários para Iniciantes: 5 coisas que você deve saber antes de investir em FIIs

Prédios

Fundos imobiliários (FIIs) são investimentos em imóveis feitos através da bolsa de valores. Existem algumas informações sobre esse ativo que devemos saber antes de comprar nossa primeira cota. No artigo de hoje, vamos ver o que os investidores iniciantes devem saber antes de investir em FIIs.

Fundos Imobiliários para Iniciantes: 5 coisas que você deve saber antes de investir em FIIs

1- Você vai ter que preencher a declaração de imposto de renda

FIIs são ativos de renda variável, logo para comprar ou vender cotas de um FII devemos usar a bolsa de valores.

Quando investimos pelo menos 1 real na bolsa, no próximo ano teremos que preencher a declaração anual de imposto de renda. 

Lembrando que só pagamos imposto quando vendemos nossas cotas com lucro. A declaração é diferente de pagar imposto, ela é apenas um documento no qual informamos nossos investimentos para receita federal. Não precisamos pagar nada para fazer a declaração e facilmente podemos  preenchê-la nós mesmos.

Baixe nosso guia gratuito para declarar FIIs.

2- Todas as informações sobre FIIs saem no site da B3

Todas as informações sobre fundos imobiliários são encontrados no site da bolsa de valores brasileiras, a B3.

Você pode encontrar a aba de notícias da B3 pesquisando no Google: plantão empresas B3.

As administradoras dos fundos são obrigadas a divulgar seus resultados financeiros no site da B3. Lá, você vai encontrar um documento de análise muito importante: o relatório gerencial.

O gestor do fundo, responsável por decidir como alocar o capital do FII, divulga mensalmente o que aconteceu com o fundo naquele mês. Dentre as informações estão, quanto o fundo faturou de aluguel, quanto ele teve de despesas com a manutenção dos imóveis, quantos inquilinos ocupam os imóveis do fundo, etc.

Aqui no blog, temos um artigo inteiro sobre como analisar um relatório gerencial.

3- O Yield não é tudo

O Dividend Yield é o lucro que o investimento está gerando com relação ao preço de negociação em bolsa.

Assim, se um FII está sendo negociado a 100 reais e distribuiu 1 reais de dividendos nos últimos 12 meses, seu Dividend Yield é de 0,12.

No mundo dos investimentos, quanto maior o Yield mais lucrativo é um ativo.

Porém, um fator importante é a qualidade do Dividend Yield. Se um FII estiver distribuindo dividendos altos, mas seu faturamento não é alto, isso quer dizer que ele está distribuindo mais do que ele pode. Isso é insustentável e no futuro aquele FII terá problemas, podendo até parar de distribuir renda.

Logo, sempre temos que ficar de olho na qualidade do dividendo que estamos recebendo. Se o FII distribui um valor condizente com seus ganhos, logo aquele dividendo é sustentável e vai durar por muito e muito tempo.

Você pode encontrar esses valores no relatório gerencial, na sessão de fluxo de caixa.

4- Diversificação importa

Investir em imóveis é também procurar uma renda constantemente sem surpresas. Por isso que a diversificação é necessária.

Diversificação é uma técnica de alocação de capital pensada para reduzir os riscos. No mundo dos investimentos, diversificar é se expor a tipos diferentes de investimentos, comprando ativos de classes distintas, em lugares diferentes, e de setores diversos. Esse processo é feito pesquisando ativos de qualidade e não deve ser confundido com a pulverização que é apenas a compra de ativos aleatórios de setores diferentes para minimizar os riscos.

Uma boa diversificação, além de diminuir riscos, ainda aumenta a rentabilidade geral da carteira.

Logo, procure investir em FIIs de tipos diferentes – papel, tijolo, FOFs, etc -, de setores diferentes, como lajes corporativas, shoppings, galpões logísticos, educacionais, etc.

Mas é importante dizer que a diversificação vai ocorrer no decorrer de sua jornada como investidor(a). Assim, não se preocupe em investir em 30 ativos diferentes agora. Concentre-se em 1 e depois procure outro, até você ficar contente com sua diversificação. 

5- A partir de R$ 20.000, a taxa da B3 é exercida

No dia 02 de janeiro de 2020, a bolsa de valores brasileira – a B3 – anunciou uma nova taxa sobre proventos.

Essa taxa incide em toda a renda que recebemos através da bolsa de valores, como dividendos, Juros sobre Capital Próprio (JCP), bonificações, restituições, etc. 

Esses proventos sofrerão tarifação de 0,12%. Entretanto, só será cobrada essa taxa quando o(a) investidor(a) alcançar a quantia de R$ 20 mil na custódia da corretora.

Assim, caso a soma de todos os ativos de renda variável que você tem em uma corretora for mais de R$ 20 mil, essa tarifa já vai começar a ser descontada de seus rendimentos.

Outra coisa a ser citada é que essa tarifa é descontada por corretora, ou seja, se você tiver R$ 10 mil em uma corretora e R$ 10 mil em outra, essa tarifa não será descontada.

A tarifa é cobrada cada vez que cair um rendimento na sua conta. Por exemplo, se você recebeu R$ 100 de dividendos de um FII, será descontado na hora 0,12%, ou seja, R$ 0,12. Se recebeu R$ 200 de uma ação, vai ser descontado 0,12% nesse provento também.

Quer um material mais completo sobre Fundos Imobiliários? Temos um livro sobre o assunto.

Conclusão 

Quando se trata de investimentos, se preparar é importante, mas colocar a mão na massa e comprar nossa primeira cota é primordial. Apesar de tudo, investir é uma atividade prática, na qual estamos aprendendo diariamente a fazer melhores escolhas.

Gostou do artigo de hoje? Comente aqui embaixo!

Obrigada. 

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