Uma das modalidades de investimento que está entrando em alta no momento é o empréstimo entre pessoas, também chamado de peer-to-peer lending (P2P). No artigo de hoje vamos conhecer um pouco mais sobre essa modalidade.
Investimento P2P: será que é um bom investimento?
A metodologia de empréstimo P2P foi aprovada no Brasil em 2018. Os usuários se utilizam de uma plataforma para emprestar dinheiro para outros usuários ou empresas e ter os retornos do empréstimo, sem que haja a necessidade de um banco intermediário.
Como empréstimos são uma modalidade comum na renda fixa, os usuários do P2P procuram retornos maiores do que a Selic ou o CDI.
Nesse tipo de operação existem vários riscos, o primeiro risco é o que qualquer empréstimo, o risco de calote, ou seja, da empresa que pediu dinheiro emprestado não pagar o dinheiro de volta. Na renda fixa, existem vários indicadores que mostram a procedência da empresa e se ela é uma boa pagadora, assim, quando investimos em Debêntures, LCIs, CDBs e etc, sabemos exatamente o nível de risco que estamos correndo.
Outro risco que tomamos quando investimentos em P2P lending é o risco da empresa intermediadora agir de má fé. Como não existe um banco para intermediar os empréstimos, tudo é feito pela empresa intermediadora do P2P, logo precisamos ficar atentos ao histórico dessa empresa, ver quem já fez operações por ela, quanto tempo está no mercado e etc.
Principalmente em anos de crise como foram os anos de 2020 e 2021, onde várias empresas ficaram sem receita, é importante ter uma análise profunda da empresa para quem você está emprestando dinheiro.
Existem várias empresas P2P no mercado, na maioria fintechs, como a Nexoos, Banca Club, Bulla, Biva e etc.
Essas empresas avaliam quem quer pedir dinheiro emprestado e dão uma nota, o que é chamado de rating. Um rating alto significa que a empresa é uma boa pagadora, logo os juros sobre o empréstimo para essa empresa é menor. Para empresas com risco maior de calote, os juros a ganhar são maiores. A velha relação entre risco e retorno dos investimentos. Segundo o Valor Investe, empresas com maior risco de calote podem pegar juros 4,19% ao mês. Essas empresas são classificadas entre AA (melhores pagadoras) até D3 (maior chance de calote).
Justamente pelo risco maior, o investimento P2P pode entregar um rendimento maior que os tradicionais investimentos de renda fixa, mas se investirmos em renda variável podemos encontrar oportunidades melhores e com um maior crescimento.
O Valor Investe também fez uma tabela comparando as principais empresas de P2P:
Fonte: Valor Investe
Investir em P2P lending é uma boa ideia?
Na minha opinião, você não precisa participar de todos os investimentos para ser um investidor de sucesso. Eu, por exemplo, sigo a filosofia de investir em ações e imóveis (por meio de FIIs e REITs). Apenas focando nesses dois investimentos, grandes nomes como Warren Buffett e Charles Munger conseguiram fazer suas fortunas bilionárias.
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Logo, escolha os investimentos que você tem mais afeição e foque neles. Se você tem um grande conhecimento sobre renda fixa e juros, talvez o investimento P2P é para você, assim é preciso refletir sobre seus pontos fortes e focar nos investimentos que você se sente mais confiante.