Um dos investimentos mais populares do mercado são os ETFs (Exchange Traded Funds). No artigo de hoje vamos fazer uma introdução sobre ETFs para iniciantes e descrever como um ETF funciona.
ETFs para iniciantes: ETFs, como funciona esse investimento?
ETF é um fundo negociado na bolsa de valores. Um fundo é uma comunhão de bens de várias pessoas, que juntam seu dinheiro para investir de forma mais eficiente. Grande parte dos bons investimentos do mercado tem um alto valor de entrada. Assim, essas pessoas se juntam com o objetivo em comum de investir em ativos melhores.
Fundos são divididos em cotas e os seus cotistas, ou pessoas que possuem essas cotas, detém o direito aos rendimentos daquele fundo. Um ETF, por ser negociado na bolsa de valores, tem um ticker de negociação (VOO, IVV, BOVA11, DIVO11, etc), no qual as pessoas se utilizam para comprar e vender esse ativo.
ETFs funcionam bem parecidos com as ações, a única diferença marcante é que o número de cotas de um ETF pode variar diariamente devido ao processo de criação e resgate de cotas, feito pelo Participante Autorizado.
Um emissor de ETFs considera o universo de ativos, incluindo ações, títulos de renda fixa, commodities ou moedas, e cria uma cesta deles, com um ticker exclusivo, normalmente essa certa vai seguir um índice, que é o conjunto de ativos que seguem uma certa metodologia.
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Dentro do universo dos ETFs, além de podemos classificá-los por tipo de gestão (ativa e passiva), também podemos ter tipos diferentes de setor que o ETF venha a investir. Assim, existem:
- ETFs de ações;
- ETFs de commodities (ouro, prata, petrólio);
- ETFs de títulos de renda fixa (bonds, nos Estados Unidos);
- ETFs de internacionais;
- ETFs de setor (saúde, financeiro, industrial, etc.)
Mesmo existindo todos esses tipos diferentes de ETFs, é mais comum no mercado encontrarmos ETFs que invistam em ações.
O Começo
A ideia de um investimento aos moldes de um ETF ocorreu em 1989 nos Estados Unidos.
Ele foi pensado para seguir o principal índice americano, o S&P 500, e para ter suas negociações feitas por meio da bolsa de valores, facilitando assim sua compra e venda. No início, ele foi direcionado para pessoas específicas do mercado, ficando longe do investidores pessoa física americanos.
Alguns meses depois, um fundo negociado em bolsa mais bem sucedido foi lançado no Canadá. O índice TSE 35, que segue as maiores empresas canadenses, foi utilizado para a criação do fundo TIPs 35 (Toronto 35 Index Participation Units). A fama do TIPs 35 se espalhou justamente por ser uma porta de entrada barata para o mercado acionário, em um modelo bancário onde os fundos de gestão ativa (Mutual Funds) reinavam com suas altas taxas de administração.
Com a fama dos ETFs canadenses, os americanos logo se apressaram, e em 1993 foi criado um dos ETFs mais conhecidos do mundo, o SPY (SPDR S&P 500). O SPY permanece até hoje como um dos maiores ETFs dos Estados Unidos.
Produtos semelhantes logo foram criados na Ásia em 1999, e na Europa em 2001.
No Brasil, o primeiro ETF apareceu em 2004 com uma oferta pública de partes da ações da carteira do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o ticker dado ao fundo foi PIBB11. Hoje em dia, o PIBB11 ainda continua sendo negociado na bolsa de valores brasileira, a B3. Ele segue o índice IBrX-50, que inclui as 50 ações mais negociadas e representativas na B3.
Atualmente, o mercado mundial de ETFs movimenta mais de 7 trilhões de dólares.
Fonte: ETFGI