Essencialismo: a disciplinada busca por menos é um dos livros mais comentados dos últimos tempos. No artigo de hoje, vamos ver os principais conceitos abordados na obra.
Essencialismo: a disciplinada busca por menos
O grande conceito por trás de Essencialismo é encontrar o que é essencial em nossa vida e descartar todo o resto. Dessa maneira, podemos nos concentrar no que realmente importa, e tornar nossa rotina mais eficiente.
Greg McKeown, autor do livro, é um inglês que mora nos Estados Unidos a algum tempo. O autor explica que desenvolveu a ideia do livro quando se deparou com uma situação marcante em sua vida. Greg tinha uma reunião marcada com um cliente, e nesse mesmo dia do nascimento de sua filha.
Com o acontecimento, Greg se viu em um dilema: ir para a reunião com esse cliente importante ou ficar com sua mulher e filha recém nascida. Greg escolheu o cliente, mas quando chegou lá e explicou a situação, a primeira coisa que o cliente falou foi “o que está fazendo aqui? Você deveria estar com a sua família!”
Greg viu naquele momento que ele teria que definir suas prioridades e que dizer “sim” para algumas coisas significa automaticamente dizer “não” para outras. Além disso, ele percebeu que se não escolhesse seu futuro, alguém iria escolher por ele.
Logo, ele viu que teria que aprender a dizer “não” para as coisas não eram tão relevantes para ele.
Como escolher seus “nãos”?
Greg McKeown define suas decisões de vida através do pensamento “hell yeah or no”. Essa máxima quer dizer que se você não tiver certeza ao fazer uma decisão, a melhor resposta é “não”.
Muitos dos empecilhos que nos impedem de alcançar nossos objetivos são encontrados naquelas propostas que parecem atraente, mas na verdade nos distraem do nosso objetivo.
Um “hell yeah”, ou um “sim com certeza” é aquela decisão que não resta dúvida. É aquela que temos absoluta certeza que vai nos ajudar no longo prazo.
Importante lembrar aqui que decisões de curto prazo, aqueles que vão ter resultado apenas naquele momento, são prováveis “nãos”.
Todo o resto que não tivemos muita certeza ou que nos provoca dúvidas deve receber um “não”.
A técnica do “hell yeah or no” pode ser usada tanto para investimentos, quanto ao comprar uma coisa nova para a sua casa ou ao escolher seu próximo objetivo de vida, se não tiver certeza que aquela é a melhor decisão, provavelmente ela não é. Dizer “não” para muitas propostas furadas economiza muito do tempo e até dinheiro, sem falar no nível de estresse de tentar agradar todo mundo dizendo “sim” para todos os convites de eventos.
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O viés do custo afundado
No livro, Greg McKeown também nos apresenta o termo “sunk-cost bias”, o que em português poderíamos traduzir como o viés do custo afundado. Esse termo representa a tendência que temos de continuarmos investindo energia, tempo e dinheiro em um coisas que sabemos que vão falhar apenas porque já investimos nosso tempo (ou dinheiro) nelas antes. É aquela famosa frase “se já comecei a fazer isso, vou terminar”.
Essa lógica pode ser usada em diversas áreas de nossa vida: por exemplo, quando compramos um ingresso de cinema e percebemos que o filme é muito ruim, dificilmente vamos embora, tendemos a ficar até o fim, pois “já pagamos por aquilo mesmo”.
Greg afirma que nós, seres humanos tendemos a dar maior valor para coisas que já temos e por isso atribuímos uma maior importância para essas coisas do que elas realmente têm.
Para solucionar esse problema, o autor sugere que façamos a seguinte pergunta: “se eu não tivesse isso, quanto eu pagaria para consegui-lo?”. Essa pergunta pode ser usada em várias situações, tanto em investimentos quanto em outras questões da vida cotidiana, como aquelas roupas que compramos e nunca usamos, mas não queremos nos desfazer delas porque algum dia poderemos usá-las.
Como um Essencialista, Greg defende que não adianta apenas identificar os pontos que não são eficientes, ou onde estamos cometendo erros, nós temos que ativamente eliminar esses pontos, pois eles seriam “não-essenciais”.
O viés do status quo
Esse pensamento leva a outro termo utilizado por Greg, o “status quo bias” (viés do status quo). Este disse respeito a nossa tendência de manter o curso normal de nossa vida. Somos seres rotineiros que não gostam de mudanças. Nos programamos para seguir rotinas e é por isso que quando algo inesperado ocorre no nosso trajeto para o trabalho, ficamos tão estressados. Sempre nos programamos para que as mesmas sequências de eventos aconteçam (tomar café da manhã, andar até a parada de ônibus, etc).
Estar preparado para mudanças pode nos ajudar a quebrar esse viés. Por exemplos, criar “reservas” pode nos ajudar, como sair de casa 30 minutos mais cedo do que o de costume, ou ter um dinheiro guardado em caso de perda de emprego. Esses mecanismos criam “reservas” que nos permite trabalhar melhor, se a preocupação caso algo aconteça.
Conclusão
Essencialismo: a disciplinada busca por menos é de longe um dos livros mais relevantes da atualidade. Greg McKeown nos mostra de forma simples que fazer a coisa certa é bem mais eficaz do que fazer várias coisas.
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Obrigada.